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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Igreja Terapia–Igor Leopoldo

 

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Igreja Terapia

 

Os fatos aqui abordados são verídicos apesar de nomes alterados. Sendo um exemplo que aponta para os benefícios de darmo-nos e aos nossos entes queridos uma família Cristã, com participação efetiva no movimento religioso no qual abraça. Se dentro do Movimento Espírita, excelente! Mas se for dentro de qualquer outra linha religiosa, excelente também! Afinal, o que mais importa não são as rotulagens mas, sim, o de sabermos se estamos progredindo espiritualmente. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral. Aproveitando este pensamento da Doutrina Espírita dizemos: reconhece-se o verdadeiro Cristão por sua transformação para melhor, no campo moral. Não por sua rotulagem.

Em uma família espírita, natural do Estado do Rio de Janeiro – Brasil. Nasceu como terceiro filho uma criança que trazia em seu corpo físico mazelas tais como problemas asmáticos e epiléticos, sendo este último apresentado aos seus oito anos de idade.

Devido as realidades de sua região, cidade de Volta Redonda, era muito constantemente castigado pela asma que lhe consumia as forças e, por este fato, aos doze anos de idade tinha a estrutura física  de um garoto de oito anos de idade. Mas se haviam as restrições físicas, seu gênio voltado às brigas davam-lhe forças e agilidade suficientes para ser uma pessoa temida em seu núcleo de colegas na escola e por onde passava. Sendo esta uma constante preocupação de seus pais.

O pai, orador espírita, e a mãe uma dedicada servidora das causas assistenciais das Casas Espíritas da região.  Mantinham costumeiramente o hábito de essa família vivenciar as sessões doutrinárias e assistenciais dos centros espíritas. Sendo notada nesta criança, de nome Ely, apesar de todos os seus defeitos uma grande esperteza para acompanhar os assuntos abordados nestas reuniões e que com alguma frequência formulava perguntas e expunha pensamentos que a todos espantava pela maturidade e profundidade de raciocínio. Mas se perto de seus pais Ely era observado como um espírito com vários defeitos, mas extremamente perspicaz ao ponto de entender e participar de assuntos de elevada profundidade e que exigiam um considerável conhecimento espírita. Esta mesma criança era capaz de cometer travessuras até os atos das mais altas consequências.

O pai, de procedência sulista, da cidade de São Francisco do Sul\SC. Era uma pessoa que sempre sonhava em estar e vivenciar os ares do Sul do Brasil, e em especial os de sua cidade.  Razão pelo qual em todas as oportunidades, sempre que podia, levava a família para passar férias, feriados para esta cidade. Não se esquecendo de nestes períodos de lazer manter as suas atividades religiosas em centros espíritas através de suas habituais e muito boas palestras.

Como um dos moradores da maravilhosa Ilha de São Francisco do Sul, na época, havia um primo de nome Constantino que assim como toda a família era um fervoroso espírita e atuante nos trabalhos mediúnicos. Portador de excepcionais faculdades mediúnicas por várias vezes comentou com João, pai de Ely, da conveniência de se iniciar um tratamento mediúnico no campo da desobsessão, para este seu filho. Contudo, convite este que era recusado, pois, segundo o Sr. João através da doutrinação que a vivencia nos movimento espírita propicia o caso seria naturalmente resolvido. Acrescentando ao fato de toda a família, inclusive pelos problemas de saúde de Ely, tê-lo em severo controle.

Apesar de Ely ter não apenas no campo espírita como acima está exposto, mas, também em assuntos do conhecimento geral uma grande facilidade de aprendizado. Por ele sempre ser irrequieto e, como dissemos, fora dos olhos paternos, voltado às brigas. No campo educacional do mundo, apesar de sempre a família lhe forneceu o que de melhor havia na época. Devido a sua falta de compenetração nos estudos chegou a ser reprovado por três anos consecutivos na mesma série. Mas apesar de ser este problema ambulante, Ely sempre teve um lado positivo. Apesar de sua agressividade, ele não incomumente era tocado por bons sentimentos. Se nos seus primeiros anos de vida a sua maior distração era o de matar formigas e outros animais pelo puro prazer. Pela educação recebida tornara-se um defensor e amante da natureza. E, em diversas oportunidades, era observado a fazer boas ações para as pessoas. Em fim, eram as primeiras manifestações da educação moral e espiritual que gerava os seus primeiros bons resultados.

A vida prosseguiu assim até que no ano de 1980, através de um sério acidente automobilístico a vida física de dois de seus irmãos e a de seu pai, foi cortada. Fato este que pegou Ely aos seus treze anos de idade. Ficando sobre a Terra a sua mãe e uma irmã.

Retirado dos meios dos ferros retorcidos do carro em que a família viajava, ele foi levado diretamente para a Unidade de Tratamento Intensivo do hospital da região na qual o acidente ocorrera. Seu caso era grave, realmente com perigo de também sua vida ali se encerrar. Mas, como assim não era a vontade de Deus, após algumas semanas de coma Ely retornou. Apesar de sua idade mental ter regredido para os seus três anos apesar de nesta época contar com os seus treze anos de idade. Fato este que após penosos meses foi, paulatinamente, se tratando até que atingisse a normalidade.

Antes essa família em todos os aspectos tinha a participação efetiva de João, o pai e protetor de todos. Agora estava por conta exclusivamente da mãe a dar continuidade na educação de uma filha de quinze anos e outro de treze anos. Edméia, esse é o nome da mãe.  Se qualquer de seus outros dois filhos tivessem ficado a vida seria realmente muito fácil de continuar. Mas isto não ocorreu. Ely estava vivo.

Ele retornou a vida extremamente revoltado com a morte de seus familiares, em especial da de seu pai. Ele que havia em sonho, quando sua mãe contava apenas com vinte e oito anos de idade, se apresentado a ela como um novo filho que aquela casa iria receber. Mas que ao mesmo tempo, extremamente preocupado, dizia: “Eu tenho muito medo de reencarnar…”. Já nos primeiros anos de sua tenra existência foi imediatamente se achegando ao pai e apenas a ele queria saber e mesmo quase de forma exclusiva o obedecia e a mais ninguém. Isto em momento algum gerou em Edméia ciúmes, mas ao mesmo tempo ela se perguntava, sem resposta, a razão dele ainda no plano espiritual ter ido ao seu encontro e não a de seu ídolo, seu pai. Mas agora com os últimos acontecimentos, a resposta estava clara. Seria a ela, de agora em diante, que aquele filho dependeria e de forma exclusiva.

Com a fortaleza que apenas quem não apenas conhece, mas vivencia as realidades espirituais sem mescla de dúvidas de sua veracidade, aquela família antes composta por seis pessoas, agora por três, deu continuidade a vida.

Mensalmente era necessário levá-lo aos médicos que acompanhavam o caso de sua recuperação, além do acompanhamento também do lado espiritual possível, através de médico espírita. Mas Ely dando vazão aos seus costumes, agora acentuados pelo fato de seu pai não mais estar presente. Continuava a aprontar. No primeiro ano pós-acidente apenas não foi sucessivamente expulso de três colégios pelo fato de no terceiro, no final de ano, ter pedido a transferência para outro colégio e em outra cidade brasileira. Isto, pelo fato de sua irmã em fase inicial de estudos em curso superior necessitava sair da cidade natal. Preferindo, assim, a mãe não deixa-la ir para outra cidade sozinha foi à família inteira morar na cidade de Curitiba\PR onde dava a ela condições de prosseguir estudos.

No campo físico e moral de Ely não houve medida mais acertada. Do ponto de vista físico a ausência da poluição das chaminés da Companhia Siderúrgica Nacional fê-lo cessar as crises de asma e ele começou dai em diante a se desenvolver fisicamente. Do ponto de vista moral também se operou transformações profundas. Afinal, o ambiente mais rígido em seus costumes que havia em Curitiba e que não se observava nas cidades fluminenses, na mesma proporção. Fez com que ele alterasse o seu comportamento de forma drástica. Mas é um erro dizer que a transformação efetuada nele tenha sido no campo moral, fruto da mudança de ambiente. Mas, sim, inegavelmente foi um fator importante. E no prazo de um ano em Curitiba as brigas pararam completamente. Logicamente, o que não quer dizer que ele havia se tornado um santo. Muito longe disto...

Contava Ely com os seus dezesseis anos de idade sendo que nesta época trazia o hábito do fumo e da bebida escondida de sua mãe. E por uma questão de afinidade espiritual acompanhada por uma herança genética, começou a progredir em si o mal do alcoolismo. Sendo nesta época em que se envolveu em um acidente grave. Certa noite, era uma sexta-feira, como de hábito saiu para se divertir. E como as leis no Brasil, na época não eram cumpridas. Coisa que hoje já não mais ocorre. O seu grupo de amigos, todos de sua idade, habituou-se a frequentar um point, o Clube 700. Ali era costume dançarem, beberem, fumarem cigarros lícitos. Isto até o dia que inexplicavelmente na bebida ou quem sabe no cigarro foi adicionado alguma droga alucinógena sem o conhecimento de Ely, que por formação familiar era totalmente contrário e que conscientemente jamais faria seu uso. E após aqueles adolescentes consumirem aquela droga, talvez alguns de forma consciente e outros, incluindo Ely, inconscientemente. Saíram em direção de suas casas. Sendo levados por um daqueles adolescentes o carro. E no meio daquele trajeto e sob a ação da droga e alcoólicos, Ely fez com que seu amigo que dirigia causasse um acidente arremessando o carro diretamente em um muro. Felizmente não houve vítimas fatais ou mesmo ninguém se feriu. Mas pela segunda vez Ely entrou em coma, não devido à batida do carro. Durante vinte e quatro horas a observação médica era intensiva pois sua pressão estava extremamente baixa. Mas felizmente, pela segunda vez, foi possível se recuperar.  Sendo que deste momento em diante nunca mais ingeriu nada mais alcoólico. Mas este fato foi o suficiente para que ele perdesse mais uma vez um ano de estudo.

Aos vinte e seis anos, agora retornando de estadia por sete anos na cidade de São José dos Campos\SP. Formado e já há alguns anos ministrando cadeiras da área das exatas em colégios públicos paulistas. Ely retorna para o Sul do Brasil e em especial para o Estado de Santa Catarina, que merecidamente recebe o título de o “diamante pequeno e delicado do Brasil”. Pequeno, por sua extensão territorial que comparada as demais UF brasileiras é muito minúsculo. Delicado, pois apesar de sua extensão territorial mínima praticamente cada pedaço deste Estado é tão bem cuidado por seus moradores e empresas que a qualidade de vida de seus habitantes é um exemplo para todo o Brasil. Apesar de continuadamente e sem cessar deve-se sempre procurar aquilatar este bem estar do povo catarinense. E foi neste cenário de beleza incomum que Ely trouxe para este Estado a sua noiva, Eliza. Ele, como professor desta moça que na época contava com os seus dezessete anos, havia se apaixonado por seus encantamentos femininos e por sua pessoa. E no ano posterior a sua chegada, conseguiram a tão sonhada ida para morarem e Ely trabalhar, em terras francisquenses. Sonho do pai, mas que também era o de seu filho.

Os anos passam. Casal inexperiente, apesar da idade e formação de Ely, surge os primeiros problemas e desencantos por parte de Eliza. Que apesar de suas qualidades morais também trazia defeitos e déficits familiares. Ela, de família protestante de uma das igrejas fundadas nos Estados Unidos. Além do encanto inicial pelo seu professor viu naquele casamento a oportunidade de fugir dos problemas familiares de sua família que na época estava no auge, com o seu pai traindo deliberadamente a esposa, sua mãe. Mas as razões espirituais daquele reencontro dos dois, estas apresentavam-se. Pois estavam ali estavam se reunindo velhos conhecidos de reencarnações pregressas. Sendo que em um dos conflitos que este casal passou, por Ely participar nesta época de grupo de tratamentos mediúnicos, foi exposto que em determinada ocasião que o que estava ocorrendo era um conflito fundamentado em épocas remotas em que ele havia sido o alemão nazista que havia ao Estado denunciado mãe e filha, judias. E que desta denuncia ocorreu a morte das duas. Sendo que na atualidade, mãe e filha estavam ali. Agora, a antiga mãe desta menina era a sua mãe e a sua atual esposa, a filha. Não sendo, contudo, esta única passagem onde os três se haviam encontrado. Outras passagens sobre a Terra haviam os três tido em outras reencarnações.

Os anos passam e após cinco anos de casamento há o nascimento de uma criança que recebeu o nome de Andrea. Sendo para aquele lar programado o seu retorno ao plano físico, para que além de seu progresso espiritual tivesse importante intervenção no cumprimento dos deveres assumidos, por todos. Sendo, portanto, espírito de alta hierarquia evolutiva. Contudo, devido à utilização do livre-arbítrio é por Eliza esse compromisso espiritual anulado.

Nesta período Ely encontrava-se em uma ascensão profissional de grande importância. Mas com os acontecimentos familiares não houve estrutura suficiente e maturidade para bem direcionar como até o momento estava-se fazendo. Sendo exatamente nesta época promovido para importante cargo na empresa em que trabalhava. Mas, se era importante o cargo, efetivamente sérios eram os seus comprometimentos e responsabilidades. E apesar de virtuoso profissional, mas em passando por estas dificuldades pessoais, não conseguiu cumprir seus compromissos como era o seu hábito, e por todos da empresa sempre parabenizado. Ocasionando desta forma a sua demissão.

Exatamente quatro anos se passaram após estes acontecimentos. Anos estes em que Ely conheceu as necessidades da vida pelas quais passa um homem desempregado. E por mais que lutava alterar esta situação não conseguia reverter tal quadro. Até o momento em que por sua persistência que jamais faltou e pelas bases familiares que agora através de sua mãe se fazia presente, finalmente venceu importante desafio e o que lhe abriu oportunidades com mais retornos financeiros do que jamais sonhou  ter acesso. E deste momento em diante, agora reconstruindo a sua vida pessoal, jamais se esqueceu dos compromissos para com os seus semelhantes tornando-se ainda mais útil trabalhador da causa espírita.

 

Todos nós temos nossos defeitos e com acerto é dizer que se fosse permitido a nós conhecermos as nossas vidas passadas não aguentaríamos chegar a conhecer duas ou três encarnações anteriores da atual. Razão das dificuldades e tropeços em nossa atual existência. Ely, aqui utilizado como exemplo, não é uma raridade. Ele é mais um exemplo dos múitos outros casos que temos sobre a Terra. Contudo, se ele através do apoio familiar e espiritual conseguiu vencendo as suas dificuldades evoluir. Isto ocorreu pois houve a base familiar e doutrinária que nos momento difíceis são relembradas e dão forças suficientes para vencermos com galhardia os nossos desafios.
A instrução acadêmica é de muita importância e a todos deve ser oferecida. Contudo, se a acadêmica é importante a instrução religiosa é fundamental. Pois a primeira é importante, mas insuficiente de nos abastecer de forças para enfrentarmos os reais perigos e momentos dificultosos pelos quais passamos e merecemos. Enquanto que a religiosa dá-nos as forças necessárias e invencíveis para vencermos as nossas imperfeições e dificuldades inerentes a estas imperfeições morais que trazemos conosco e que apenas através de muito esforço conseguiremos eliminá-las.

Não podemos deixar de fornecer a base religiosa aos nossos entes queridos e a nós mesmos. Façamos a nossa parte!

 

Igor Leopoldo

08-08-2012